domingo, 29 de junho de 2014

Efêmero, porém Intenso!

Série "Poesias e Devaneios", Nº 5


Nem sempre é a melancolia que se torna figura central. Existem coisas que acontecem, e que simplesmente fazemos acontecer.

Existe o desejo: os lábios, que são ambos um estranho ao outro, mas antes o contato, os sorrisos (que são efêmeros, obviamente), as mãos, aos poucos vão se entrelaçando, o calor, sendo transferido aos poucos onde enfim se equilibram, se perfazem.
Aos poucos os dois corpos vão se aproximando, centímetro após centímetro.
Antigas considerações e valores são momentaneamente cegadas, ficando temporariamente invisíveis aos corações, que se inflamam novamente em um fogo fugaz e passageiro.

Enfim são os lábios que se tocam fortemente, como o choque de ondas turbulentas de um mar raivoso contra uma costa pedregosa, em uma torrente de torpor e desejo, cada vez mais e mais crescente.

Os dois não mais se aguentam, simplesmente o querer, um ao outros, com uma força que vem da natureza do ser humano e de instinto animal.

Se consomem ferozmente, um ao outro, onde suor entre as peles que se alinham, se atritam incessantemente,

Onde o furor do desejo é tão intenso que visitamos por segundos o paraíso, somos extraviados pela fúria e serenidade ao mesmo tempo, simplesmente morremos por alguns segundos, e nossos almas estão inebriadas pelo clímax dos clímax.
A realidade volta a torna, vem a cavalo, então vemos dois corpos que se estranham e aos poucos se afastam, onde há dois lábios que não mais se tocam, e não se completam, onde ali perfazem duas metades que foram trocadas.

Então a gente percebe que sempre estará faltando aquele algo, que a gente nunca vai ter de volta.



Teu Beijo

Série "Poesias e Devaneios", Nº4


Teu beijo doce, alegre, molhado...
Teu beijo, aquele que faz, faz em mim um furacão...
Traspassando meu coração, com um simples toque de delicadeza...
Teu beijo, que me faz jovem, adolescente, inconsequente!
Beijo bom, beijo doce, beijo SEU
O que teria naquele momento? Em nossos corações...
Um beijo rápido, porém, mas profundo...

Um beijo sincero de amor...


Eu queria não querer

Série "Poesias e Devaneios", Nº 3


Eu queria não querer, mas sem querer eu quero
Eu queria ter você, pois sem você eu morro
Eu queria não sofrer, mas só de estar longe eu sofro
Eu queria tanta coisa, sem perder a lucidez
Mas me esqueço meio de lado, deixa para o fim do mês
Eu queria teu calor, e não esse sereno fugaz 

Como é, o teu amor, existiu em nós um dia...



quinta-feira, 19 de junho de 2014

Eu voltarei pra vencer

Série "Curtas", Nº 3


Eu estou morrendo, e eu sei que isso ainda ficará pior...

Lutei tanto até aqui que seria melhor morrer pra tentar de novo, e não importa quantas chances eu teria, não importa quantas vidas eu tivesse e até mesmo quantas vezes eu morresse, mas eu faria tudo de novo, e assim será...

Estou virando cinzas pra depois me solidificar por completo, estou saindo por baixo, mas pra voltar por cima, é só uma questão de tempo, e eu sei disso!
Por isso, por mais que tudo e todos tentem me colocar pra baixo e me fazer desistir, eu não o farei!

Por mais que as circunstâncias me mostrem que não existem mais esperanças ou chances, irei até o fim, não importa como serão os caminhos daqui pra frente...

Eu voltarei pra vencer!

(Cena do filme "Rocky - Um Lutador", Todos os direitos reservados à  United Artists Inc.)



Nascemos para evoluir

Série "Reflexões Pessoais", Nº 1


Todos nós nascemos pra evoluir. 

Nascemos extremamente fracos, frágeis e dependentes dos outros, vamos aos pouco nos desprendendo das amarras da fraqueza, passo a passo, aprendendo a se virar.
Infelizmente muitas vezes a evolução acaba por estagnar, simplesmente paramos de crescer, aprender, ficar mais forte e mais sábio. Essa estagnação infelizmente é uma armadilha na qual quase todos caem, e dificilmente podem sair.

Devemos usar as nossas frustrações, raivas, tristezas e angústias como o combustível de nossa busca por EVOLUÇÃO! Qual seu apetite por sucesso? Deixe de ser aquele cara triste, negativo. 

As pessoas irão te magoar, te destruir e pisar em cima de ti, você pode estar no pior momento da sua vida, e não se engane, porque dependendo de sua atitude, isso ainda ficará pior, mas NÃO! 

Não confie tanto assim nas pessoas, confie em si mesmo! Você não tem nem ideia do potencial que tem!

Eu busco evoluir, é uma busca solitária e obscura, da minha maneira, busco o meu desenvolvimento pessoal, e vou saber que a cada dia que passo me torno uma versão melhor de mim mesmo.

TODO SER HUMANO NASCEU PARA EVOLUIR


(Veni Vidi Vici - Vim, vi e venci)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Se você soubesse quem você é

Série "Curtas", Nº 2



se você soubesse quem você é
até onde vai a sua fé
jamais perderia o seu tempo com programas idiotas

mediocridades coletivas...campeonatos comprados
eleições forjadas...urnas adulteradas
resultados manipulados...falsos ídolos
novos ídolos...ídolos em geral
balanço geral...sangue à granel
a porra do filtro solar

não perca o seu tempo com obviedades
adaptações... 
coca zero...torresmo light
carne friboi...lei roanet
bruno mazzeo...
CBF...CPF... ser ou não ser?

Não perca seu tempo com entretenimento porco
pensamentos de um gordo escroto
finais nada felizes de um filme tosco

se você soubesse quem você é...
jamais ligaria a televisão...

por Evandro Berlesi


terça-feira, 10 de junho de 2014

"Não há destino se não o fizermos"

Série "Frases de Filmes", Nº 1



(Terminator 2: Judgment Day, Todos os direitos reservados à  Columbia Pictures Inc.)



No filme "The Terminator 2", também conhecido como T2 (no Brasil: O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, há uma cena onde os protagonistas estão em uma residência localizada no meio do Deserto de Mojave, na Califórnia. Em dado momento, a personagem Sarah Connor (interpretada pela atriz americana Linda Hamilton), sentada em uma mesa de madeira, com pensamentos e olhares distantes, rabisca com sua faca a expressão "No Fate", que é trecho da frase "no fate but what we make", o que em uma tradução livre, soaria como no título dessa postagem, "Não há destino se não o fizermos".

Não vou me delongar muito sobre o filme em si, que diga-se de passagem, é uma ótima produção cinematográfica, um verdadeiro clássico dos anos 90, na minha opinião.

A questão que venho discutir nessa postagem, e nas próximas dessa série "Frases de Filmes" é analisar o contexto da frase em si e toda a carga de subjetividade que a acompanha.

O destino (palavra cujo contexto eu desaprovo), de maneira popular, é usualmente tido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível "ordem universal cósmica". Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, da qual nada que existe pode escapar. Concepção antiga, é presente em algumas mitologias, mas também em correntes filosóficas.

O problema é que nada disso faz muito sentido. O destino nada mais é do que uma ilusão que nós mesmos criamos para tentar encaixar acontecimentos em nossas vidas, sejam eles fatalidades ou virtuosidades.

TUDO o que fazemos hoje, repito, TUDO, cada ação, por mais trivial que seja, irá refletir no futuro, seja ele curto médio ou longo prazo, portanto esse suposto "destino" que você tanto divaga está sendo construído agora, hoje, por você mesmo. 

Agora o único aspecto "sobrenatural" disso tudo, se é que posso usar essa palavra, é a incrível capacidade que a vida tem de cobrar a conta de atitudes erradas que nós tomamos. Isso não é uma crença pessoal, nem verdade universal, é a forma que eu entendi, da maneira que as coisas ocorreram para mim, o que pode não ocorrer com você. Mas pra que arriscar né? Construa seu destino! Comece agora, já!



sexta-feira, 6 de junho de 2014

O amor e o café

Série "Curtas", Nº 1



O amor tem que ser que nem o café...
as vezes forte...
as vezes doce...
as vezes só...
as vezes acompanhado...


mas nunca frio...







Guarda Roupas Vazio

Série "Poesias e Devaneios", Nº 2


Abri a porta do guarda roupas e pude constatar algo: muitos cabides, todos vazios. Só.
Nenhuma peça de roupa, nada, a tudo vazio.

Engraçado que isso parece tão trivial, mas há muito mais significado nessa situação do que podemos imaginar.
Não há mais nada, tudo foi retirado, todas aquelas camisetas brancas, aquela jaqueta de couro surrada, aquelas blusas coloridas, aquele vestido que a deixava tão sexy, nada disso mais existe nesse guarda roupas velho.

Os cabides ficam soltos na trave, que ao bater uns nos outros, me causam uma impressão estranha e melancólica.

Talvez eu esteja interpretando como uma grande metáfora. O guarda roupas na verdade é a vida que levo, onde de repente tudo ficou vazio.