quinta-feira, 26 de março de 2015

Soneto nº 12

Série "Poesias e Devaneios", Nº 19


Quando conto as horas que passam no relógio,
E a noite medonha vem naufragar o dia;
Quando vejo a violeta esmaecida,
E minguar seu viço pelo tempo embranquecida;
Quando vejo a alta copa de folhagens despida,
Que protegiam o rebanho do calor com sua sombra,
E a relva do verão atada em feixes
Ser carregada em fardos em viagem;
Então, questiono tua beleza,
Que deve fenecer com o vagar dos anos,
Como a doçura e a beleza se abandonam,
E morrem tão rápido enquanto outras crescem;
Nada detém a foice do Tempo,
A não ser os filhos, para perpetuá-lo após tua partida...


William Shakespeare



"O tempo, ora amigo, ora inimigo. Ele sim é incessável."

terça-feira, 10 de março de 2015

Um Soneto

Série "Poesias e Devaneios", Nº 18


Salve o amor que a vida despedaça!
Embevecido, torpe e desgraçado
Amor febril, dor que nunca passa
Torturante sonho já sepultado

Salve a vida de eternos desenganos!
O ser parte de tudo, sem ser parte...
O ser estranho entre outros humanos
O viver na Terra ansiando a Marte!

E a solidão no cosmos que desejas
Já não é dura prisão, é liberdade
É o fugir das dores e das pelejas

A que a humana existência nos condena
Que ninguém ouse chama-me covarde!
Por buscar a existência mais plena





"Não sucumbirei, não irei me refugiar em nenhuma ilusão"


terça-feira, 3 de março de 2015

Desejo ter você

Série "Poesias e Devaneios", Nº 17



Pensar que um simples amor, que vira paixão
Não vai te ferir....

Pensar que já conhece tudo
Sabe tudo sobe as regras do amor, da paixão repentina
É tudo tão estranho....
É fácil se perder
E a gente nem percebe estar envolvido
É a vitória do amor e da paixão
E o desejo de te ter no coração, totalmente!
Não vai passar nunca isso, você está em mim!



"O quão forte é a sensação quando vejo você, realmente um calafrio percorre todo meu corpo e fico meio que sem ação..."