quinta-feira, 25 de junho de 2015

Não negues a devassidão

Série "Poesias e Devaneios", Nº 22


Escreverei para que lembremos dela que está lá no canto
Que foi e continua, desprezada por quem mal lhe considera
Diz que sofre dia após dia, faz-nos crer que é real teu karma
Mas mal ligou para palavras sem jeito porém sinceras

Não se entrega sem um jogo devasso
Tem certeza que é única, uma rainha diva, estrela Dalva
Aberta às casualidades da carne e do deleite
Ingênua, porém, e ainda tem muito o que aprender na vida

Quer que enxergamos lá no fundo de seus olhos
O brilho da sua alma
Se é que existe
Atitudes impensadas, até vis
Perdeu-se o brilho da inocência
E há muito tempo não se olha mais no espelho
Com a singeleza de uma menina
Seu caminho foi sem volta
Você é o que é

E não sinto pena de ti.


"...busquemos a felicidade dentro da alma e não fora..."





terça-feira, 16 de junho de 2015

Rotina

Série "Curtas", Nº 21


Aurora se render, tarde tombar
Sol se vai, breve aceitar
Absurdo da vida. Noite a chegar
No escuro: dúvidas, suor, chama
Para a alvorada o apagar
E sob a luz primeira do dilúculo
Às cinzas do sistema retornar...
Não cessa, mas cessará um dia.



É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Insônia

Série "Curtas", Nº 20


Ele dorme, e inclusive sonha.
Querendo nunca acreditar como chegou a esse ponto
Sem ter como retornar mais, não tem jeito, já era.

E pelos caminhos e lugares que buscou, nenhum o fez decifrar.
E o enigma da existência ele nunca desistiu de procurar.

O mundo antes grande, ficou muito pequeno, e o espírito da verdade, esse tão difícil encontrar.
Resta apenas o desejo, o de atingir outro lugar.
Tudo se repete, nada mais aconteceu

Vem angústia e ele acorda. Se pergunta o que fez
Descobriu o absoluto? O mundo se tornou absurdo e improvável
No fim é simples

Tudo se repete, nada mais acontece
.


"A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece, Mas mesmo acordada a Humanidade esquece. Exatamente. Mas não durmo."


sábado, 6 de junho de 2015

Penumbra dos Homens

Série "Poesias e Devaneios", Nº 21


Não importa o que você é, mas o que irá se tornar
Não importa onde estás, mas onde tentará chegar
Nem importa o que tens, mas o que poderá mostrar
Liberta do que te pesas, talvez assim conseguirá

Dos teus feitos mais sublimes?
Inúteis, não vão te transformar
Se apoiar no inexplicável?
É Tédio. Nada vai se revelar!

Das tentativas humanas e tansas
Ínfimos os caminhos a trilhar
Verdade obscura, inalcançável
No fim prevalecerá 

Supremacia da razão, busca exata da realidade
Breve sensação de triunfo, perfeita mediocridade 
Absurdo sobrenatural, diante de falha mortalidade
Superar breve existência, conquistar a eternidade

Perca sua essência, e você morrerá dentro de si.



"Antes de mais nada lembremos que morreremos e seremos esquecidos. Portanto, busquemos a felicidade dentro da alma e não fora. Entreguemo-nos ao nosso Espírito. Somente ele estará conosco após a morte."