sábado, 30 de janeiro de 2016

Querer Coisa Boba

Série "Poesias e Devaneios", Nº 32


Queria ser isso, isso que é ser o que eu queria, um amor único perfeito de filme, novela livro, essas ideias bobas.

Queria ser o que eu queria, uma ideia que não se concretiza, uma ideia boba, mas que bobeira.

Queria muito ter amor de quem não tem amor, amor pra poder me dar, pra poder me ser.
Queria ser e ser, cada raio de sol, mas ele nem nasceu, então ele fica preso na colina, e eu fico preso em mim.

Queria muito ser coisas que eu não sou, amor de quem eu queria ser e não sou, eu não sou o amor mas sou o ódio, ou tento ser.

Queria ser você pra poder me odiar, pois nem isso, mas isso que é, eu amo, você não ama, e a circunstância odeia.


Queria poder jogar fora tudo isso, lápis, papel, sentimento.

"Não adiantou eu querer"

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A tempestade vai passar

Série "Reflexões Pessoais", Nº 20


Os mares estão agitados, e apreensivo em vigília, se posta o navegante, que com grande angústia observa tua frágil caravela balançar perigosamente de um lado para o outro. 

A metáfora é condizente com nossas tempestades, nossas tormentas, que mesmo sem água, ondes, chuva e vento, é igualmente aterrorizante.

E  que as tormentas passem, elas passam, sobreviva a elas feliz por estar aprendendo a enfrentá-las.

Devemos saber que com choro e lamentos de desespero não farás a tempestade acalmar ou desaparecer. 

Avante, mesmo porque mares calmos não fazem bons marinheiros.

Eu irei, vencerei, voltarei.


"Reduziu a tempestade a uma brisa, e serenou as ondas."
Salmos 107:29

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Ardor

Série "Curtas", Nº 26


Como sol do meio dia, esquentava me e queimava o peito, um ardor de paixão misturado a ódio, e com a leveza de uma pluma, me tocou e descobria meu exterior, olhos chamativos para o pecado me consumia...

E.H., algum lugar no Sul

"Dá uma vontade...de gritar seu nome"


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Carta: "Cansaço"

Série "Cartas Perdidas", Nº 16


São Borja/RS - 04 de Abril de 1998


Não lembro o que  escrevi anteriormente, peguei o papel, depois que li e reli,  rasguei-o.  Estava, uma droga, um lixo. Texto imbecil.

Pra falar a verdade eu escrevi com algum propósito escuso. Estamos de certa forma correndo e ficando no mesmo lugar, mas estamos equivocados, na verdade só eu estou, extremamente equivocado sobre muita coisa.

Eu continuei escrevendo e continuei falando muitas coisas que eu não devia, mas não me importei de fazer papel de bobo, alias é o que eu tenho feito com muita frequência, desde que resolvi começar a te enviar textos bobos, independente das distâncias, elas podem ser grandes, mas se tornam pequenas diante dos meus pensamentos.

Não adianta eu falar nada, pois você ser tornou profissional na arte de desviar assuntos importantes e redirecionar pra assuntos imbecis e bobos, a gente fala sobre filmes, sobre músicas, sobre livros, sobre astronomia e as órbitas dos planetas distantes, mas infelizmente você tende a querer distanciar a órbita de eu e você, somos dois corpos celestes que por órbita perfeita nunca se encontram.

E ainda ontem falei sobre fatos e casos com outras pessoas, você acaba vindo em mente a torna o escopo dos meus assuntos, sempre, e isso é direto, isso está me cansando. Estou ficando cansado a medida do que eu falo sobre algo que é imbecil e tanso eu ficar comentando toda hora.

Você não é real, não é real em mim

“...não haveriam planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado...não haveria desejo, nem o medo da solidão...não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você"