Série "Reflexões Pessoais", Nº 26
Eis uma pergunta para aqueles que possuem
o mínimo de consciência a respeito da lastimável conjuntura intelectual em que
se encontra o povo brasileiro: Dentre vocês quem não conhece alguém que, assim
como graúda parte da população tupiniquim, está envolto pela mais deprimente
ignorância, porém que em determinado momento teve a necessidade de aprender
algo específico e, ao fazê-lo, passou a sentir-se tão superior aos demais ao
ponto de colocar a si mesmo em um pedestal de arrogância e julgar-se como
modelo de elevado padrão para todos os outros?
Pois bem, infelizmente a mentalidade (ou
mendacidade) acadêmica no Brasil é responsável por criar um dos ambientes que
formam milhares de indivíduos aptos a se portar dessa maneira. São alunos que
aviltam o conhecimento ao utilizá-lo como mero meio para conseguir um fim como,
por exemplo, quando desejam apenas ganhar um título que lhes possibilite prestar
um concurso público (eles simplesmente ignoram o fato de que o conhecimento, per se, já deve ser o mais
nobre fim para quem o estuda). Então, após realizar as suas efêmeras intenções,
colocam-se como suprassumos de suas respectivas sociedades. Em síntese, pelo
conhecimento meramente específico que possuem em relação aos demais populares
de seus convívios julgam-se, pateticamente, superiores em todos os sentidos
reais e hipotéticos. Apesar disso a grande maioria dessas pessoas costumam ser
taxadas como arrogantes pelos demais, mantendo, deste modo, os seus imaginados
prestígios apenas para a esfera das suas próprias imaginações.
Dos vários indivíduos com este tipo
deplorável de comportamento, pouquíssimos se tornam proeminentes nas suas
respectivas áreas do saber. Sujeitos diferenciados como esses não demoram a se
destacar na sociedade e a serem envoltos por ignaros bajuladores que os ajudam
a desenvolver uma certa quiromania narcisista entorno dos seus respectivos
atributos. Estes, assim como o tipo que descrevi no parágrafo anterior, também
se enxergam como modelo para sociedade, porém existem três substanciais
aspectos que os diferem. Primeiro: eles são melhores naquilo que se propuseram
a fazer. Segundo: em decorrência disso pensam, de maneira flagrante, que podem
ou devem opinar em todos os tipos de assuntos, mesmo aqueles que fogem
claramente as suas limitadas esferas de conhecimento. Terceiro: infelizmente
eles costumam ser levados muito a sério pelas demais pessoas por estas não
possuírem percepção suficiente para notar certos erros afirmativos que os
denunciam (como a contradição), bem como por não possuírem parâmetros
comparativos diretos e interesse investigativo.
Para dar um exemplo concludente desse
tipo de sujeito é necessário retornar ao ambiente universitário, só que dessa
vez eles não serão facilmente encontrados entre alunos, mas sim entre aqueles
que exercem o magistério. Exemplos não faltam: é o professor de contabilidade
que resolve interromper sua aula para falar que a legalização do aborto é
necessária; é a professora de história que, após um discurso sobre justiça
social para grupos LGBT, resolve passar um questionário para saber se os alunos
são favoráveis a aprovação de leis mais rígidas contra a homofobia; é o
palestrante que deveria falar sobre direito romano e acaba divagando sobre a
importância das cotas raciais para mitigar a desigualdade social que oprime os
pobres pretos desprivilegiados, etc.
É evidente que todos os exemplos acima
possuem algo em comum: são pessoas que defendem os lobbies existentes na
militância esquerdista atual. Por causa disso o leitor já deve estar imaginando
que aqueles que o proferem são militantes do socialismo. Acontece que o
presente texto não trata sobre esse tipo distinto de indivíduo que utiliza,
conscientemente, uma posição privilegiada que ocupa para fazer proselitismo
ideológico. Se assim o fosse, provavelmente, ao decorrer do presente já haveria
citado nomes como o da Marilena Chauí, que é “professora” de filosofia da USP.
O tipo específico de professorado ao qual
me refiro não são pessoas que possuem militância política alguma, entretanto
são aqueles que, por possuírem um conhecimento distinto, se acham detentores de
grande sabedoria e, por isso mesmo, agem como proficientes entendedores de
quase todos os assuntos possíveis. Essas pessoas lêem os periódicos, assistem a
palestras de certos doutores que exercem militância velada, e alguns até mesmo
lêem os livros do momento que foram aprovados pelo Ministério da Educação. Tudo
isso objetivando, em seguida, regurgitar para os seus despreparados alunos um
monte de informações altamente tendenciosas e questionáveis até o último
caractere como se fossem verdades irrefragáveis.
Então por que todos os exemplos que citei
se referem à militância esquerdista? Simples: Porque no Brasil a mídia, o
ambiente escolar desde o maternal até as universidades, os filmes, as novelas e
tudo mais são claramente dominados pela pérfida mentalidade socialista. E não é
de se estranhar que, em um país onde a oposição ao socialismo seja a sua
co-irmã social democracia, isso aconteça. Logo, torna-se natural que o tolo
professor acredite, pela repetição extenuativa, que tais lobbies são dogmas
intocáveis e que se no mundo existe alguém capaz de contestá-los, essa deve ser
uma pessoa que não estudou o suficiente ou que é mal intencionada. Frente a um
contestador desse tipo o tolo propagandista se vê plenamente apto para defender
aquilo que não entende, dessa forma, cumprindo o seu papel como um grande
idiota útil que é.
Para esses tolos que se julgam sábios, eu
encerro esse texto deixando um trecho da Bíblia Cristã que encontra-se em
Provérbios, capítulo 26, versículos 11 e 12:
“Um
cão que volta ao seu vômito: tal é o louco que reitera suas loucuras.
Tu tens visto um homem que se julga sábio? Há mais a esperar de um tolo do que
dele”.O espantalho se achando inteligente após o Mágico de Oz lhe dar um diploma de universidade.
A soberba é a parte dianteira da humilhação!
ResponderExcluirCota "racial" pra mim simplesmente não faz sentido. Cota por cor de pele ou por critérios subjetivos e "raciais" é perfeitamente análoga à Eugenia praticada durante a Alemanha Nazista.
ResponderExcluirComo vão definir quem entra na "cota" e quem não entra? E se um loiro de olho claro e cabelo liso se declarar negro? Vai ter uma "comissão racial" pra analisá-lo e definir que ele não se enquadra na "raça" adequada para adquiri o direito da cota?
Quem que não enquadrar no "Gesetz zum Schutze des deutschen Blutes und der deutschen Ehre" tupiniquim que se exploda né mesmo?
Isso já aconteceu antes na nossa história...